terça-feira, 24 de agosto de 2010

A razão da escrita

Eles não gostam das minhas poesias,
Pois eu não alimento suas ilusões.
Dizem que a morte ronda minhas palavras,
E que não tenho razão.

De que razão será que eles falam?
A razão do bem, ou será a razão do mal?
A razão de deus, ou a razão do diabo?
A razão mecânica, ou a razão digital?

Eles não gostam de ver o que os olhos,
De um cão conseguem lhe mostrar,
Eles têm medo de enxergar alem do corpo,
Eles têm medo de enxergar alem do seu próprio nariz.

Mostram, enxergam, fazem formas.
Falam de maneira, regras gramaticais,
E palavras que não estão na minha vida,
Se ainda escrevo é porque, por, mas estranho,
Que pareça eu ainda estou vivo.

A escrita é forma para viver,
A escrita é a forma para respirar,
A escrita é a forma para gozar,
Intensamente o nada.

Escrever ódio puro,
A toda essa merda capitalística,
Que causa náuseas a toda as pessoas
Que realmente tem células no corpo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário